Pela sua importância, não resisto a “roubar” esta postagem do Pedro Sales, do Zero de Conduta :
“O Henrique Raposo tem publicado uma série de posts sobre os “perigos do etanol”, denunciando as suas consequências ambientais, económicas e sociais. “Os ambientalistas ficaram encantados com o etanol. Era a salvação do planeta. Gasolina limpa que ia salvar os ursos polares. Mas, como sempre, os ambientalistas esqueceram as pessoas, esses seres chatos que complicam a fórmula para a salvação do Planeta”. Como é óbvio, a “descomplicação” defendida pelo Henrique Raposo tem um problema. É que, ao contrário do que pretende fazer crer, o crescente recurso ao etanol não decorre de nenhuma motivação ambiental, mas geopolítica. Três quartos das reservas de petróleo ficam na zona mais instável do planeta, razão pela qual os EUA e União Europeia querem reduzir a dependência energética dos combustíveis fósseis. O Brasil, o outro grande defensor dos agrocombustíveis, pretende fazer negócio numa área em que detém uma considerável matéria prima e domina o know-how.De resto, e esse é o principal problema da tese, os principais ecologistas e os seus movimentos, como a Greenpeace, sempre criticaram a utilização de produtos agrícolas para encher o tanque de combustível dos carros. É verdade que os ambientalistas querem “salvar as foquinhas e os ursinhos”, para utilizar a acintosa ironia do Henrique Raposo, mas não deixa de ser apressado retirar daí a ilação de que se estão "a lixar" para os indianos. Os reflexos condicionados têm destas coisas. Mesmo quando se tem razão, tentamos sempre ver moinhos de vento nos sítios do costume.”PS: 1. Sobre este mesmo tema, no Zero de Conduta: Verde menos verde não há.
2. Por isso, é que não sou Ambientalista mas, outrossim, Ecologista.
Carlos Borges Sousa
quinta-feira, 10 de abril de 2008
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