...reflectir sobre o futuro do trabalho“
Vivemos no meio de um logro magistral, de um mundo desaparecido que nos recusamos a reconhecer como tal, e que políticas artificiais pretendem perpetuar. Milhões de destinos são devassados e aniquilados por esse anacronismo, devido a estratagemas tenazes destinados a dar como imperecível o nosso tabu mais sagrado: o trabalho.Desviado sob a forma perversa de ‘emprego’, o trabalho dá de facto fundamento à civilização ocidental, que domina por inteiro o planeta. Confunde-se com ela (...). Ora esse trabalho (...) não passa já, nos dias que correm, de uma entidade destituída de substância.Os nossos conceitos de trabalho, e portanto de desemprego, em volta dos quais se desenrola (ou finge desenrolar-se) a política, tornaram-se ilusórios (...). Mas continuamos a fazer as mesmas perguntas fantasmagóricas às quais, sabem-no muitos, ninguém responderá, a não ser o desastre das vidas que esse silêncio destroça e que representam, cada uma delas, um destino, embora o esqueçamos.(...)Em que sonho nos mantêm, entretendo-nos com crises cujo fim, dizem, nos fará sair do pesadelo? Quando tomaremos consciência de que não há crise, nem crises, mas uma mutação?”(extraído de 'O horror económico', de Viviane Forrester, ensaísta e crítica literária do jornal Le Monde, 1996)
(Publicado, originalmente, em : http://www.quebrarsempartir.blogspot.com/ )
quinta-feira, 1 de maio de 2008
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