Por forma a que não nos possamos distrair, eis um interessante artigo de Ignacio Ramonet, do " Le Monde Diplomatique", que merece ser lido, por todos e cada um de nós, com a máxima atenção ...Já são mais de 37 os países em que a insegurança alimentar provocou protestos. Os primeiros tiveram lugar no México o ano passado pelo aumento exagerado do preço do milho. Também em Myanmar (antiga Birmânia) a insurrecção dos monges, em setembro de 2007, começou por manifestações de descontentamento contra a carestia dos alimentos. Nas últimas semanas temos assistido a tumultos em diversas cidades do Egipto, Marrocos, Haiti, Filipinas, Indonésia, Paquistão, Bangladesh, Malásia e sobre toda a África Ocidental (Senegal, Costa do Marfim, Camarões e Burkina Faso).São rebeliões dos mais pobres e limitadas ao âmbito urbano. O campesinato, por agora, não se amotinou, e as classes médias não se juntaram aos protestos. Mas o farão se os preços da comida continuam a aumentar. E estes vão subir pois o parodoxal desta situação é que nunca a produção agrícola foi tão abundante. Ou seja, a carestia actual não se deve à penúria mas a outros factores. Haverá pois novos motins pela fome e durante um largo período. Os quais se traduzirão em novas ondas de emigração. Pois a comida representa já 75% dos rendimentos das famílias dos países pobres, contra 15% dos países ricos. Ler Mais...
Carlos Borges Sousa
( Publicado. Originalmente, em : http://www.quebrarsempartir.blogspot.com/ )
sábado, 10 de maio de 2008
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