Sempre me preocupou o facto da televisão pública (RTP1) colocar os (seus) serviços de opinião ao “serviço” da organização partidária do Estado; dois partidos ( PS e PSD) que, rotativamente lá se vão alternando no poder.
A RTP1, nesta matéria, já nem se dá ao “trabalho” de montar um simulacro de contraditório; para “isso” já tem o “Prós & Contras” cuja falsa alternância não é, de todo, inocente.
Assim, a RTP1, mantém, em exclusivo e sem quaisquer escrúpulos, Marcelo Rebelo de Sousa (MRS), aos domingos, e António Vitorino(AV), às segundas-feiras para, em horário nobre, comentarem em modos ““escolarizantes” a situação politica nacional e não só…
José Alberto Carvalho (JAC), director de Informação da RTP1, foi à Assembleia da República tendo sido questionado pela respectiva Comissão Parlamentar das razões que ditam a que a RTP1 esteja refém deste modelo situacionista/rotativista.
Explicou, então JAC que : “sempre que encontrarmos comentadores que sejam ao mesmo tempo excelentes comunicadores e com características semelhantes ( a MRS e AV ) não hesitaremos em propor-lhes programas do mesmo género “
Segundo, ainda, JAC esses programas de comentários : “tornaram a RTP mais livre e mais influente, porque os portugueses sabem distinguir entre o que é opinião e o que é noticia”
Bom, face às explicações de JAC para a falta de pluralismo da/na RTP, no que a programas de opinião respeita, só me resta, mesmo, que ele possa repetir.
José Alberto Carvalho : importa-se, então, de repetir ?..
PS – é que, sinceramente, é hilariante a (sua) justificação avocada para que, na RTP1, não haja lugar a mais e melhor pluralismo politico.
Carlos Borges Sousa
( Publicado, originalmente, em : http://www.quebrarsempartir.blogspot.com/ )
quarta-feira, 7 de maio de 2008
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